Hoje um chinês me gritou:
– és cão, és rato
Lati sorrateira e fui obediente guardar as porteiras do subterrâneo
cobra canoa quis sair
vinda de cima do mapa
até o Tietê
deixei.
ela, grande e colorida
penduricalhos por toda extensão
porta- retrato de algum bisavô
Sorriu-me a dita cuja
dentes de edifícios
espelhados
boca baforenta
guardando aromas
começo do mundo
corre a cobra canoa
pele descamada em asfaltos
tripas metrô
Não ouse voltar , cumprida história
eu disse, coçando pulgas
intrigada: ela nunca termina de sair por completo
não quer saber
avança em sotaques
estrábica
ampliando pistas das marginais:
os canoeiros vão passar